domingo, 24 de novembro de 2013

A voz do moinho

Quando eu era moço e cria
que o mundo era todo meu
e com a minha alegria
enchia a Terra eo Céu,

num cerro perto gemia
um moinho: e enquanto eu
era feliz, noite e dia
triste, o moinho gemeu.

Eu ria, sem um cuidado;
Mas do moinho a buzina
 chorava num tom magoado!

Hoje, como no passado,
discordante é nossa sina:
- Eu choro... ele está calado!
(autor: Cristóvão Aires)


quinta-feira, 14 de novembro de 2013

masmorra

Na masmorra de mim mesmo
ora choro ora canto
canto por ti quando choras
choro por ti se tu cantas

quando choras...de certeza
que o teu choro é de alegria
sei que cantas de tristeza
quando a alma vazia
nos teus olhos fica presa

abre os olhos e sorri
deixa a alma libertar-se
não mostres que tudo em ti
não é mais que um disfarce

na masmorra onde moro
sinto que choras cantando
se cantas também eu choro
e cantando eu vou chorando

(autor: Tibério Gil)